Chapada Diamantina – Bahia, Brasil

(para texto em português, desça a página)

Whenever you decide hike and make cultural tours nearby or inside National Park of  Chapada Diamantina at Bahia state, Brazil, be aware that the national park is huge (more than 150000 ha) involving many villages that are entrances for the park itself. Then, very important to plan in advance knowing exactly what you intend to do close related to available time you have. Be specific mainly if you don´t have much time (one week or less). Some trails can be done in 2 days but others take more than 10 days. Cultural aspects of the “sertão baiano” (Bahia state inland) are also multiple, complexes and cannot be understood in few days.

One of the many entrances for the Park /  Uma das muitas entradas do Parque

One of the many entrances for the national park  Uma das muitas entradas do parque nacional

In general, the borders of the Park are in the north, a triangle wich vertex are the road BR-242, Lençóis and Palmeiras towns, and in the south the village of Mucugê and its surroundings. Obviously, the rocks making natural beauties of the region don´t respect those limits and there are many natural and cultural atractions beyond to the north, heading Seabra and Iraquara where there is huge calcareous caves network, heading further to the south such Buracão waterfall at Ibicoara town and also going further to the east where Poço Azul in Nova Redenção town is a spot, among many other.

Diamond Prospectors Association / Sociedade de Garimpeiros

Diamond Prospectors Association / Sociedade de Garimpeiros

Due to the extense brazilian territory, get one entrance of the Park coming by bus from Salvador or other capital, in spite of being very interesting and typical of the brazilian inland reality, could be exauting and taking many hours or days. Mainly for me that during Carnival Festival, left Rio de Janeiro by bus for a 40 hours trip till Irecê, BA. Endless trip indeed. In Irecê, i took, early morning, a local bus to Seabra where i´d arrived at 10am. As next local bus that could bring me to Lençóis would left the bus station only at 1pm, i´ve decided to head Lençóis by hitchhiking, which is a very hard way to travel in Brazil. I had good luck, maybe because carnival spirit, and after three car rides and only 60km ahead i´ve got the historical and cult town of Lençóis that was a busy and rich center of diamond prospecting during XIX century.

Old house of Lençóis downtown / Casa Antiga do centro de Lençóis

Old house of Lençóis downtown / Casa Antiga do centro de Lençóis

I had only 3 days of hiking so i decided, in spite of late time and hot weather, start walking on the path imediatelly. I asked few informations in downtown about which direction i should head (always besieged by tourism guides and agencies offering tours and wanting to bother my self-knowledge process :-)), arranged the backpack taking off few things i would need and headed the upper part of town crossing the old narrow streets paved with stones, passing trough the small square with a bandstand, by EMBASA (Water Corporation of Bahia State) and by Portal Lençóis hotel where specifically the path Lençóis-Capão (Caeté-Açu) starts.

Lençóis from the top / Lençóis de cima

Lençóis from the top of the hill / Lençóis visto do topo da montanha

The initial idea was to do the trail Lençóis-Capão (Caeté-Açu), passing by Morrão and coming back by Fumaça waterfall – an icon in the region and the highest waterfall in Brazil with 420 meters high – Ribeirão do Meio and Ribeirão de Baixo (see the map of the region in the next post). But after collecting informations, i realised that all trip would last 5-6 days (and i had only three). So, i´ve decided to be happy going just from Lençóis to Morrão (around 18km) enjoying patiently rivers and natural pools in the way and come back by the same path.

Quando decidir fazer trilhas e passeios culturais dentro ou perto do riquissímo Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil, tenha em mente que o Parque é enorme (> 150000ha) e engloba vários municípios e vilarejos que são suas portas de entrada. Então é muito importante o planejamento antecipado do que vai fazer e por onde vai começar e terminar, tudo relacionado com o tempo que tem disponível. Seja específico, principalmente se não tiver muito tempo (uma semana ou menos). Algumas trilhas podem ser feitas em dois dias mas outras podem levar mais de dez. Também os aspectos culturais no sertão baiano são densos e variados sendo dificilmente assimilados em poucos dias.

Bandstand / Coreto

Bandstand / Coreto

Basicamente os limites do parque são, ao norte um triângulo cujos vértices são a BR-242, as cidades de Lençóis e Palmeiras e, no sul, a cidade de Mucugê e seus arredores. É claro que, as rochas que formam as belezas naturais da região não respeitam estes limites e existem muitas atrações naturais e culturais mais ao norte na direção de Seabra e Iraquara onde existe uma grande rede de cavernas calcáreas e mais ao sul, como a Cachoeira do Buracão em Ibicoara e também mais a Leste onde o Poço Azul no vilarejo de Nova Redenção é a atração, entre muitas outras.

Chapada´s flower / Flor da Chapada

Chapada´s flower / Flor da Chapada

Devido a grande extensão do território brasileiro, chegar no parque vindo de ônibus de Salvador ou outra capital, mesmo sendo muito interessante, já que faz parte da cultura brasileira, pode ser muito cansativo e durar várias horas/dias. Principalmente pra mim que saí de ônibus do Rio de Janeiro em pleno Carnaval, com destino a Irecê, BA. Isto são 40h de viagem e não termina nunca. Em Irecê peguei bem cedo um ônibus local para Seabra, onde cheguei por volta das 10h da manhã. Como o outro ônibus que me levaria até Lençóis só partiria às 13h, decidi pedir carona na BR-242 para vencer os 60km que ainda restavam. Pedir carona no Brasil não é tarefa fácil e pode-se ficar dias esperando um carro parar mas acho que, devido ao clima de carnaval, tive sorte e depois de três caronas cheguei finalmente à pequena e histórica cidadezinha de Lençóis. Construída em meados do século XIX como centro de apoio para a atividade de garimpo de diamante que se fazia nos rios da região teve neste período seu apogeu de riqueza e poder. As ruelas pavimentadas com pedras ainda daquela época e casas com múltiplas janelas coloridas de madeira são um charme.

Old Houses in Lençóis / Casas antigas de Lençóis

Old Houses in Lençóis / Casas antigas de Lençóis

Como tinha só 3 dias de trilha resolvi, apesar do horário e do calor da tarde, partir pra trilha imediatamente. Pedi algumas informações pelas cidade (sempre assediado por guias e agências querendo vender tours e atrapalhar meu auto-conhecimento :-)), arrumei a mochila pegando as poucas coisas que ia precisar e rumei para a parte alta da cidade, passando pela pracinha com o coreto, pela Embasa (Empresa Baiana de Águas) e pelo Portal Lençóis (hotel) onde, especificamente, começa a trilha Lençóis-Capão (Caeté -Açu).

Lençóis region landscape / Paisagem da região de Lençóis

Lençóis region landscape / Paisagem da região de Lençóis

A idéia inicial era fazer a trilha Lençóis-Capão (Caeté -Açu), passando pelo Morrão e voltar pela Cachoeira da Fumaça – um ícone do parque e a maior cachoeira do Brasil com 420m de altura – Ribeirão do Meio, Ribeirão de Baixo e finalmente Lençóis de novo. Mas depois e coletar algumas informações entendi que para toda esta volta precisaria de 5-6 dias. Então decidi me contentar, já que deveria estar de volta terça-feira a tarde, com a trilha Lençóis – Morrão (mais ou menos 18km) indo e voltando pela mesmo caminho e aproveitando ao máximo os poços, rios e piscinas naturais.